O Bitcoin é uma tecnologia digital que permite reproduzir em pagamentos eletrônicos a eficiência dos pagamento com cédulas. Pagamentos com bitcoins são rápidos, baratos e sem intermediários. Além disso, eles podem ser feitos para qualquer pessoa, que esteja em qualquer lugar do planeta, sem limite mínimo ou máximo de valor.
Quando fazemos um pagamento com uma nota de 50 Reais, estamos fazendo um pagamento que é rápido, barato, e não requer intermediários. Rápido, porque o tempo para a transação ser finalizada é o tempo de entregar a cédula ao vendedor. Barato porque porque não há taxas nesta transação. Sem intermediários porque não é necessário que nenhuma outra empresa participe deste processo, nem do lado do comprador, nem do lado do vendedor.
Com o surgimento do comércio eletrônico, há uma grande mudança no relacionamento entre compradores e vendedores. Se pegarmos como exemplo um pagamento com boleto, este deixa de ser rápido, pois além do comprador ter que fazer que se dirigir ao banco para fazer o pagamento, o vendedor só receberá o dinheiro alguns dias depois. Este pagamento também tem um custo maior, dado que além do custo do boleto, o vendedor precisa ter uma conta bancária e o comprador, às vezes, tem que se deslocar para pagá-lo. Finalmente, sempre há o banco intermediando a transação, e às vezes, outras empresas como o Paypal, por exemplo.
História do Bitcoin
O Bitcoin foi criado em 2008 por um usuário de uma obscura lista de e-mails chamado de Satoshi Nakamoto. Ele publicou um artigo chamado “Bitcoin: a peer-to-peer electronic cash system” em agosto, detalhando o funcionamento da criptomoeda, e em 3 de janeiro de 2009 o sistema foi colocado no ar pela primeira vez. Ele criou o sistema logo depois da crise de 2008, e a intenção foi justamente criar dinheiro que não dependesse dos bancos. Muita gente perdeu dinheiro com a crise, e a intenção de Nakamoto sempre foi dar o poder sobre o dinheiro para os usuários, em um sistema de regras públicas e definidas por código que só pode ser modificado por consenso.
Até hoje sua identidade permanece um mistério.
O básico do Bitcoin
O sistema Bitcoin é composto por alguns elementos. O primeiro chamamos de endereço Bitcoin. Seu endereço possui uma chave pública e uma chave privada. Pense na chave pública como sua conta bancária: com esse número você pode enviar e receber Bitcoins da rede. A chave privada é como se fosse sua senha – é ela que permite o uso da chave pública.
Quando entramos na rede Bitcoin, o que estamos criando é uma chave privada. A partir dela, é criada uma chave pública – que só pode ser acessada por aquela chave privada. Por isso a analogia com a senha. A partir dessa chave pública, temos o nosso endereço Bitcoin particular e único.
Como a rede mantém o saldo?
Quando usamos o banco, a instituição controla para você quanto dinheiro você tem na conta. Como é centralizado em uma instituição, eles possuem mecanismos de segurança que impedem que as pessoas mintam sobre quanto saldo possuem. Esse controle é feito de maneira descentralizada no Bitcoin.
Suponha que você use 1 Bitcoin para comprar um carro. A transferência desse dinheiro será transmitida para a rede, para que eles validem se de fato você possui aquele saldo e se de fato foi você que fez essa transação. A transferência será unida a outras transações que ocorreram em um período próximo, e adicionadas a um bloco. A cadeia de blocos do Bitcoin registra todas as transações já realizadas na história da criptomoeda – a união desses blocos é o blockchain.
Ao saber o histórico de todos os Bitcoins, é possível saber o saldo de cada endereço em determinado momento.
Gerenciamento pelo código
O dinheiro que tradicionalmente usamos é gerenciado pelo governo, especialmente na figura do Banco Central. Ele controla quanto dinheiro circula na economia, usando diverso mecanismos, como a taxa de juros. Quando a economia está aquecida, mais dinheiro é colocado em circulação, para financiar o crescimento. Quando a economia está retraída, o dinheiro é retirado para que não ocorra inflação.
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